SIEPEX: Terceiro dia

Música e difusão científica encerram programação do terceiro dia da Siepex

Palestrantes da mesa-redonda

Texto: Jaqueline Santos

Foto: Maria Eduarda Silva

Produção: Sheila Feitosa

Edição de texto: Sheila Gomes

Núcleo de Assessoria de Comunicação do DCH e DTCS/Campus III

            Desafios para produção e difusão de conhecimentos no semiárido brasileiro. Este foi o tema da conferência realizada na terceira noite da Semana de Integração de Ensino, Pesquisa e Extensão (II Siepex). Antes de iniciar a conferência, os ouvintes foram animados pelo musical da banda Paulo Soares e a Terceira cidade, ao som de músicas autorais e de artistas brasileiros consagrados. 

A conferência levantou questões acerca dos desafios para socialização das pesquisas realizadas, a exemplo da falta de recursos, e contou com a contribuição dos palestrantes Cosme Batista, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), e Rovilson Bueno, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O debate que foi mediado pela professora da UNEB, Luzineide Dourado.

Durante a conferência, o professor Cosme apresentou dados da pesquisa Difusão do conhecimento na formação do professor no semiárido, coordenada por ele entre 2008 e 2011, e destacou a contribuição dos estudantes do curso de comunicação social do Campus III – “o jornalista é um profissional imprescindível na difusão de conhecimento de qualquer área. A partir do curso de jornalismo tivemos o apoio de mídias como o Multiciência e a WebTV na divulgação do conhecimento que avança pra área cientifica”. 

O professor Rovilson afirmou durante a sua apresentação que falta interesse político em incentivar a produção e a socialização de um conhecimento que leve em consideração a realidade do semiárido. “As informações são estrategicamente estereotipadas e é um desafio trabalhar nas escolas do semiárido com um material didático fornecido por uma região que não dialoga com a realidade das escolas nordestinas de educação básica”, declarou o pesquisador.

De acordo com o que foi apresentado pelos palestrantes, o processo de produção e difusão científica requer tempo e dedicação para conhecer a realidade da região pesquisada, gerar debates em torno das questões levantadas e criar políticas de acesso amplo à informação.