quarta-feira, 24 de setembro de 2014

II Noite da SIEPEX



Música, documentários e minicursos marcaram a segunda noite da SIEPEX
 
O músico pernambucano Edésio César e a banda cantam músicas regionais no Canto de Tudo, no DCH
Texto: Neucimeire Souza
Fotos: Vanessa Gonzaga
Produção: Lidiane Lopes
 Edição de texto: Ianne Lima
Créditos: Núcleo de Assessoria de Comunicação do DCH e DTCS/Campus III/UNEB 



 
            A noite do segundo dia da Semana de Integração de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPEX) trouxe em sua programação que ocorreu no Departamento de Ciências Humanas (DCH) da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), a realização de minicursos das áreas de Comunicação Social e Pedagogia; apresentações de vídeos documentários, show musical, além da Feira de Artes e Outras Delícias.

            Orientado pela professora Teresa Leonel, a mostra de “Videodoc” foi produzida pelos alunos do sétimo período do curso de Comunicação Social – Jornalismo em Multimeios, inserida na disciplina Laboratório de Vídeo Arte. 

De acordo com a professora, a proposta do trabalho é a de retratar o cotidiano das pessoas na sociedade. “Essa experiência é importante porque proporciona aos alunos a prática. Primeiro, devido ao exercício do roteiro que faz o aluno refletir sobre como produzir conteúdo e incluir uma imagem associada a esse conteúdo, e posteriormente, faz com que eles possam ter outra visão sobre a produção de imagem”, explica.   



A professora Teresa Leonel e o estudante Yure Matos, produtor do vídeodoc "Não-Lugar"
Vídeos - As temáticas da mostra foram diversas. O primeiro vídeo documentário abordou o tema “Que desenho é esse?”. Nesse trabalho, os alunos buscaram tratar, de forma lúdica, os desenhos educativos, mostrando a diferença entre o tipo de desenho animado que os pais assistiam e os desenhos que os filhos assistem. 

“Não lugar” foi um vídeo que esbanjou surrealismo. Para o estudante Yuri Matos, um dos produtores do audiovisual, o intuito é que as pessoas que assistirem ao vídeo criem suas próprias histórias, tenham suas próprias formas de compreender. “Ele é aberto a interpretações e a gente pensou em contar uma história que fugisse um pouco do padrão, misturar sonho com ilusão”, acrescentou. 

Uma história de superação foi contada por meio do vídeodoc “Driblando a Escuridão”. Os alunos mostraram que o futebol adaptado para cegos levou o time da Associação de Deficientes Visuais de Petrolina (ADVP) a ganhar vários prêmios no Brasil e no exterior, a exemplo da Argentina, e a driblar as dificuldades encontradas. Nesse esporte, o único jogador que não tem deficiência visual é o goleiro.  

As vivências e fragilidades dos idosos do Lar São Vicente de Paulo, localizado no bairro Cajueiro, em Juazeiro, Bahia, que fica no entorno do campus III da Uneb, resultaram na produção do vídeo “Entardecer”. O objetivo foi trazer uma reflexão sobre como será o futuro de quem hoje é jovem, como se dará o envelhecimento e mostrar as histórias e inquietações dos que hoje moram no lar. 

Inspirados no jornalismo, outro grupo mostrou o que não é contado costumeiramente com a produção de “Histórias de Rua”, que trouxe a vivência dos moradores marginalizados da cidade de Petrolina, Pernambuco. Eles revelaram as decepções, vícios, falta de oportunidades e esperanças dessas pessoas.

Minicursos - Em paralelo, distribuídos pelas salas do Departamento, uma diversidade de minicursos foi realizada envolvendo alunos dos cursos de Pedagogia e de Comunicação Social. 

Participando do minicurso “Contextualizando o ensino através de materiais para a convivência com o Semiárido”, a graduanda Iraci dos Santos Silva reconhece que o momento tem sido muito enriquecedor e considera a oportunidade como algo que vai aumentar sua experiência pessoal e acadêmica. “Como trabalho com reforço escolar, tem sido muito explorada essa contextualização. Muitos falam que ela parte da realidade do aluno, então, que realidade é essa? E percebemos que há realidades completamente diferentes”, comentou. 

A segunda noite da Feira mostra culinária típica da região
Acarajé - Dando mais sabor à Feira de Arte e Outras Delícias, o acarajé incrementou a culinária exposta, trazendo com ele muito do simbolismo da cultura baiana. A vendedora Lucélia dos Santos disse que muita gente tem vergonha de vender acarajé, mas afirma que é necessário mostrar e assumir essa identidade, principalmente para os baianos. Para ela, a Universidade faz bem em trazer essa parte da cultura brasileira para o Campus. 

O acarajé da Bahia
Música – Encerrando a programação do dia, o cantor Edésio César e sua Banda fizeram um passeio pelos estilos musicais, mas sempre prevalecendo o forró pé de serra que levou muita gente a dançar.  

Edésio toca profissionalmente há 10 anos e é egresso do curso de Comunicação Social do DCH. Ele entende que o ambiente acadêmico é propício para gerar momentos de efervescência cultural e artística como este. “A gente, nessa mistura, consegue promover o diálogo entre arte e comunicação na Universidade”, afirma. O cantor ainda parabenizou o Campus III por dar essa oportunidade aos artistas e promover o encontro entre estudantes.



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