sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Projeto Abelha Viva

Projeto parceiro da Uneb de Juazeiro (BA) é contemplado com Prêmio da Fundação Natura

Texto: Sheila Feitosa
Fotos: Sheila Feitosa e Arquivo do projeto Abelha Viva
Núcleo de Assessoria de Comunicação do DTCS/UNEB
                                                                                           ascom.dtcs3@uneb.br

Capacitação técnica realizada pelo projeto Abelha Viva. 

O Projeto Abelha Viva em parceria com o Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), tem atuado na cidade de Juazeiro- BA na preservação de exames de abelhas existentes em ambientes urbanos. A iniciativa foi contemplada com o Prêmio Acolher 2015 da Fundação Natura, que estimula consultores a construírem projetos sustentáveis.

Foram inscritos 847 projetos em todo o país e apenas 15 foram sorteados com um prêmio no valor de R$ 15 mil reais, além de um curso de Programa de Formação em Projeto Social. O resultado foi divulgado no final do mês de outubro.
O projeto realiza capacitação técnica com apicultores e meliponicultores da cidade com o objetivo de preservar as abelhas das espécies Apis melífera (com ferrão) e Meliponídeos (sem ferrão).

Professor de Entomologia do DTCS da Uneb, José Osmã
Teles Moreira participa do projeto atuando na
capacitação de  
apicultores e meliponicultores da região.
 De acordo com o professor de Entomologia do DTCS, José Osmã Teles Moreira, representante da Uneb no projeto, a capacitação técnica em captura de abelhas é realizada em duas etapas: uma teórica e outra prática. Segundo o professor, são apresentados aos interessados a resolução n° 346 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) que protege as abelhas silvestres, questões de segurança, a prática e formas de captura dos enxames. Ele ressaltou também que na aula prática, apenas os apicultores podem participar devido a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

Osmã ainda destacou a importância de se preservar as abelhas da região. “A polinização é importante porque em algumas plantas, não é possível e nem conveniente fazer a autopolinização. Somente as abelhas conseguem fazer esse processo de forma viável”, disse.

As abelhas capturadas pelo projeto são levadas para o apiário do DTCS. Após a ativação do projeto Abelha Viva, 50 enxames foram capturadas.
“Esses insetos são protegidas por lei. A retirada incorreta delas representa um crime ambiental”, ressaltou de Entomologia do DTCS.

MEDIDA DE SEGURANÇA - Segundo o professor Osmã, em ambientes urbanos, os enxames de abelhas geralmente são encontrados em árvores, entre paredes e forros de residências ou prédios comerciais e outras instalações. Ele explica que ao encontrar um enxame de abelha em local público, não se deve atear fogo, arremessar pedras ou outros objetos no local.

O professor ressaltou que as abelhas possuem um olfato sensível e se irritam com cheiros, barulhos e cores fortes. O mais indicado, ao encontrar um enxame, segundo o professor, é ligar para o Corpo de Bombeiros da cidade, pelo número 193. Estes acionarão os apicultores do projeto que farão a retirada segura dos insetos.

INICIATIVA- O projeto Abelha Viva surgiu em 2014 após a Juazeirense Lícia Regina Lopes da Silva ter presenciado, no local de trabalho, a retirada incorreta de um enxame. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, foram retiradas na cidade de Juazeiro, de forma incorreta, em 2014, 70 enxames de abelhas e a preocupação com esse número levou Lícia a buscar o DTCS da Uneb para pensar formas seguras de captura desses insetos.

A consultora Lícia Regina Lopes da Silva é a idealizadora do projeto Abelha Viva. 

Após uma reunião realizada no DTCS surgiu a primeira iniciativa do projeto: a realização de uma capacitação técnica em captura de abelhas com o Corpo de Bombeiros, apicultores e meliponicultores da região, que resultou em um banco de dados com o nome de pessoas responsáveis pela retirada das abelhas em ambiente urbano. “No momento que presenciei a retirada das abelhas fiquei tocada e percebi que podia fazer algo em beneficio delas. Então resolvi tomar uma atitude que fosse sustentável”, disse. 

Ainda segundo Lícia, o projeto objetiva também sensibilizar, esclarecer e informar a população da importância que esses insetos tem para a biodiversidade e o bioma caatinga.
A próxima ação do projeto será  a realização de uma capacitação técnica na cidade de  Senhor do Bonfim que fica a 128 KM de Juazeiro, no dia 26 de novembro. 

PRÊMIO- Lícia também é consultora de beleza de uma empresa de cosméticos. Ela descobriu o Prêmio Acolher após uma visita no site da empresa que atua.

“Quando li o edital percebi que o projeto Abelha Viva se encaixava nesse perfil, na plataforma Meio Ambiente e Consumo Consciente. Fiz a inscrição como consultora e idealizadora do projeto. Cumprimos cinco etapas para submete-lo”, explicou.


De acordo com a consultora, o valor da premiação será revertido para a  segunda capacitação de apicultores e meliponicultores, além da produção de um informativo que será distribuído à população. Também será investido na reativação da Associação de Apicultores de Juazeiro e na confecção de camisas com a logomarca do projeto.

Um comentário:

  1. É louvável iniciativas como esta, em prol da vida, da sustentabilidade de um Bioma considerado único no mundo com as suas peculiaridades , fragilidades e que têm as suas potencialidades.Porém por ações antrópicas estar sendo cada vez mais degradado .Este projeto ABELHA VIVA,dar visibilidade a um serviço ambiental muito importante sendo a abelha , agente polinizador, responsável em realizá-lo. Norma/ Governador Valadares MG

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