Projeto
parceiro da Uneb de Juazeiro (BA) é contemplado com Prêmio da Fundação Natura
Texto: Sheila Feitosa
Fotos: Sheila Feitosa e Arquivo do projeto
Abelha Viva
Núcleo de Assessoria de Comunicação do
DTCS/UNEB
ascom.dtcs3@uneb.brCapacitação técnica realizada pelo projeto Abelha Viva. |
O Projeto Abelha Viva em parceria com o Departamento de
Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB),
tem atuado na cidade de Juazeiro- BA na preservação de exames de abelhas
existentes em ambientes urbanos. A iniciativa foi contemplada com o Prêmio
Acolher 2015 da Fundação Natura, que estimula consultores a construírem
projetos sustentáveis.
Foram inscritos 847 projetos em todo o país e apenas 15
foram sorteados com um prêmio no valor de R$ 15 mil reais, além de um curso de
Programa de Formação em Projeto Social. O resultado foi divulgado no final do
mês de outubro.
O projeto realiza capacitação técnica com apicultores e
meliponicultores da cidade com o objetivo de preservar as abelhas das espécies Apis melífera (com ferrão) e
Meliponídeos (sem ferrão).
Professor de
Entomologia do DTCS da Uneb, José Osmã Teles Moreira participa do projeto atuando na capacitação de apicultores e meliponicultores da região. |
Osmã ainda destacou a importância de se preservar as
abelhas da região. “A polinização é importante porque em algumas plantas, não é
possível e nem conveniente fazer a autopolinização. Somente as abelhas
conseguem fazer esse processo de forma viável”, disse.
As abelhas capturadas pelo projeto são levadas para o
apiário do DTCS. Após a ativação do projeto Abelha Viva, 50 enxames foram
capturadas.
“Esses insetos são protegidas por lei. A retirada
incorreta delas representa um crime ambiental”, ressaltou de Entomologia do
DTCS.
MEDIDA DE SEGURANÇA - Segundo o professor Osmã, em
ambientes urbanos, os enxames de abelhas geralmente são encontrados em árvores,
entre paredes e forros de residências ou prédios comerciais e outras
instalações. Ele explica que ao encontrar um enxame de abelha em local público,
não se deve atear fogo, arremessar pedras ou outros objetos no local.
O professor ressaltou que as abelhas possuem um olfato
sensível e se irritam com cheiros, barulhos e cores fortes. O mais indicado, ao
encontrar um enxame, segundo o professor, é ligar para o Corpo de Bombeiros da
cidade, pelo número 193. Estes acionarão os apicultores do projeto que farão a
retirada segura dos insetos.
INICIATIVA- O projeto Abelha Viva surgiu
em 2014 após a Juazeirense Lícia Regina Lopes da Silva ter presenciado, no
local de trabalho, a retirada incorreta de um enxame. Segundo informações do
Corpo de Bombeiros, foram retiradas na cidade de Juazeiro, de forma incorreta, em
2014, 70 enxames de abelhas e a preocupação com esse número levou Lícia a
buscar o DTCS da Uneb para pensar formas seguras de captura desses insetos.
A consultora Lícia Regina Lopes da Silva é a
idealizadora do projeto Abelha Viva.
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Após uma reunião realizada no DTCS surgiu a primeira
iniciativa do projeto: a realização de uma capacitação técnica em captura de
abelhas com o Corpo de Bombeiros, apicultores e meliponicultores da região, que
resultou em um banco de dados com o nome de pessoas responsáveis pela retirada
das abelhas em ambiente urbano. “No momento que presenciei a retirada das
abelhas fiquei tocada e percebi que podia fazer algo em beneficio delas. Então
resolvi tomar uma atitude que fosse sustentável”, disse.
Ainda segundo Lícia, o projeto objetiva também
sensibilizar, esclarecer e informar a população da importância que esses
insetos tem para a biodiversidade e o bioma caatinga.
A próxima ação do projeto será a realização de uma capacitação técnica na
cidade de Senhor do Bonfim que fica a
128 KM de Juazeiro, no dia 26 de novembro.
PRÊMIO- Lícia também é consultora de
beleza de uma empresa de cosméticos. Ela descobriu o Prêmio Acolher após uma
visita no site da empresa que atua.
“Quando li o edital percebi que o projeto Abelha Viva
se encaixava nesse perfil, na plataforma Meio Ambiente e Consumo Consciente.
Fiz a inscrição como consultora e idealizadora do projeto. Cumprimos cinco
etapas para submete-lo”, explicou.
De acordo com a consultora, o valor da premiação será
revertido para a segunda capacitação de
apicultores e meliponicultores, além da produção de um informativo que será
distribuído à população. Também será investido na reativação da Associação de
Apicultores de Juazeiro e na confecção de camisas com a logomarca do projeto.
É louvável iniciativas como esta, em prol da vida, da sustentabilidade de um Bioma considerado único no mundo com as suas peculiaridades , fragilidades e que têm as suas potencialidades.Porém por ações antrópicas estar sendo cada vez mais degradado .Este projeto ABELHA VIVA,dar visibilidade a um serviço ambiental muito importante sendo a abelha , agente polinizador, responsável em realizá-lo. Norma/ Governador Valadares MG
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