Campus III da Uneb
tem projeto aprovado em Programa de Extensão Universitária do MEC
Texto: Sheila Feitosa
Fotos: Arquivo DTCS
Núcleo de Assessoria de
Comunicação do DTCS/UNEB
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| Joaninha na folha do melão em campo experimental do DTCS |
Projeto sobre Controle Biológico de
Pragas do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade
do Estado da Bahia (UNEB), em Juazeiro (BA), é aprovado pelo Programa de
Extensão Universitária (ProExt) 2015 do Ministério da Educação (MEC).
A pesquisa intitulada Controle
Biológico Aplicado em Olericultura e Fruticultura no Vale do São Francisco
objetiva selecionar cinco estudantes, a cada semestre letivo, que estejam
cursando o décimo período do curso de Engenharia Agronômica da Uneb, em fase de
estágio supervisionado. Os estagiários vão atuar no processo de produção e
multiplicação de insetos e ácaros predadores e na liberação desses inimigos
naturais em hortas comunitárias e áreas de fruticultura nas cidades de Juazeiro
(BA) e Petrolina (PE).
O projeto de extensão será realizado no
Laboratório de Entomologia do DTCS, sob a coordenação do professor, Dr. José
Osmã Teles Moreira. O início dos trabalhos está previsto para o primeiro
semestre letivo de 2015.
CONTROLE BIOLÓGICO- De acordo com o
coordenador do projeto de extensão, o professor José Osmã Teles
Moreira, vão ser produzidos e multiplicados no laboratório de Entomologia da
Uneb, insetos e ácaros predadores de pragas existentes em algumas das
principais culturas da região do Vale do São Francisco.
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| Joaninha Hippodamia convergens consumindo pulgões |
O projeto vai trabalhar com o processo
de produção de três grupos de inimigos naturais: um tipo exótico de Joaninha,
a Hippodamia convergens, que se destaca pelo seu
potencial predatório; Duas espécies do bicho lixeiro, Chrysopela
externa e Leucochrysa rodriguesi que,
segundo o pesquisador, vai atuar no controle de pragas na cultura da acerola; e
dois tipos de ácaros predadores Neoseiulus idaeus e Euseius
citrifolius que vão controlar os ácaros branco e rajado, duas espécies
que causam prejuízos em pomares de videira da região.“Nosso intuito é levar
esses insetos e ácaros para o agricultor controlar as pragas de forma natural,
ao invés de aplicar inseticida ou acaricida”, ressaltou o professor.
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| Professor José Osmã Teles Moreira coordenador do projeto Controle Biológico Aplicado em Olericultura e Fruticultura no Vale do São Francisco |
A produção de bicho lixeiro, ainda de
acordo com o professor, favorece o controle de pragas na cultura da acerola,
uma vez que não é aconselhável aplicar inseticida na planta porque, ao longo do
ano ela está produzindo constantemente. “Se for aplicado inseticida em uma
praga que está atacando a planta no meio do ciclo de produção vai contaminar os
frutos que estão sendo colhidos, além de prejudicar os insetos polinizadores
das flores”, destacou.
O professor José Osmã Teles explica que
além da produção de insetos e ácaros predadores, o projeto de extensão também
vai avaliar a eficiência de controle desses inimigos naturais e treinar
agricultores para o uso da tecnologia. “O controle biológico é uma
técnica antiga que aos poucos foi esquecida pelo pequeno produtor. Hoje,
basicamente, só é feito o controle químico, que pode causar efeitos colaterais
perigosos, tanto para a saúde humana quanto ambiental”, finalizou.
INVESTIMENTO- Foram
contemplados com os recursos do edital 2015 do ProExt, sete projetos
da Uneb e dois programas de pesquisa. O valor investido foi da
ordem de R$1 milhão de reais, que vão ser distribuídos em projetos
de várias temáticas como saúde, educação, cultura e meio ambiente. Para a
realização da pesquisa sobre Controle Biológico Aplicado em Olericultura e
Fruticultura no Vale do São Francisco, do Campus III foram captados recursos no
valor de R$100 mil reais.



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