Diretor do DTCS da Uneb, em Juazeiro (BA), fala sobre os novos
rumos da Instituição
“Juntos somos mais
fortes” foi o slogan da campanha para diretor de
departamento do professor Jairton Fraga. Ele promete que as decisões de sua
gestão terão a participação dos três segmentos da comunidade acadêmica
Fotos: Sheila Feitosa
Texto: Ianne Lima
Núcleo de Assessoria de
Comunicação do DTCS/Uneb
Natural de Conceição do Almeida (BA) e radicado em Juazeiro há
quase duas décadas, o professor da Uneb, Jairton Fraga Araújo foi eleito
diretor do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade
do Estado da Bahia, em Juazeiro, para cumprir mandato no biênio 2014-2016.
Esse será seu segundo mandato como diretor do DTCS. O primeiro foi
pelo período de 2002 a 2004. Graduado em Engenharia Agronômica pela
Universidade Federal da Bahia (1982); Mestre em Agronomia pela mesma
Universidade (1990) e Doutor em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (2007).
Ele é professor
titular da Uneb, onde ingressou em 1997. Além da docência, que inclui ensino de
graduação e em dois programas de mestrado, é pesquisador da área de
Agroecologia e Fitotecnia de cultivos irrigados. Em
sua trajetória na Uneb ocupou o cargo de vice-diretor do DTCS em 2001. E
em 2011 criou o Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento
Sustentável (Caerdes), do qual é diretor.
Com
vasta experiência administrativa dentro e fora da Universidade, o atual diretor
do DTCS, professor Jairton Fraga Araújo, fala sobre os rumos de sua nova
gestão.
Blog do DTCS- O
Senhor já foi diretor do DTCS pelo período de 2002 a 2004. Com a sua
experiência administrativa dentro e fora da Uneb, o quê o senhor pode dizer
sobre sua nova gestão que compreende o biênio 2014-2016?
Jairton Fraga -
Quero destacar dois aspectos que considero importantes. O primeiro é a
consolidação dos cursos, tanto da graduação, e eu estou me referindo a
Agronomia, Direito e o mais novo que é o de Engenharia de Bioprocessos e
Biotecnologia. É preciso consolidá-los e torná-los cursos de graduação de
excelência. Um dos desafios que temos, por exemplo, é o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes),
que precisamos ter bom desempenho lá e nós vamos fazer com que isso aconteça. E
isso passa, obviamente, por infraestrutura, qualificação de técnicos e solicitação
de concurso público. O segundo é o de ampliar a pós-graduação. Já temos um
curso de mestrado e precisamos, rapidamente, evoluir para doutorado. Outro
ponto estratégico e que considero importante é a de internacionalizar a
instituição, para que o Departamento possa se inserir no cenário internacional
da discussão científica e para isso, precisa ter acordos de cooperação. Vamos
trabalhar para isso.
Blog do DTCS- Em seu Programa de Trabalho, que teve
o slogan: “Juntos somos mais fortes”,
prevê ações para todas as áreas do Departamento e que vão contemplar os três
segmentos da comunidade acadêmica. Quais as ações que o senhor considera
prioritárias?
JF – Uma
das primeiras ações será a implantação imediata do Conselho Departamental que
vai possibilitar que os três segmentos, funcionários, professores e alunos,
participem ativamente da gestão e eu considero isso extremamente relevante. O
Conselho Departamental é uma instância deliberativa. Quero também destacar que na
gestão de recursos humanos terá a realização dos encontros por categoria para
discutirmos os problemas e, a partir daí, programar medidas executivas que tornem,
por exemplo, o ambiente de trabalho cada vez melhor, com mais qualidade e com
repercussão no que estamos fazendo.
Blog do
DTCS- Com
o orçamento que as Universidades Estaduais da Bahia dispõem atualmente o Senhor
acredita que poderá por em prática as propostas da sua gestão? Ou o senhor pretende
atrair outros investimentos para a instituição?
JF – Quero fazer parceria.
É evidente que só com os recursos que são transferidos ordinariamente para o
Departamento não dá para fazer muita coisa. Mas acredito saber os caminhos para
captar os recursos, tanto na esfera político-parlamentar, quanto na esfera da
articulação com outras instituições, como as agências de fomento. O foco será
nesses três elementos.
Blog do DTCS-Como se dará o apoio a pesquisa e extensão?
JF – A
pesquisa para mim é prioritária. O grande divisor de águas do ensino superior é
a realização de pesquisa acadêmica, seja ela básica, seja ela aplicada. Ela se
dará da seguinte forma: pela iniciação científica, que é um programa
institucionalizado em todo o país pelo CNPQ e pela FAPESB, que o nosso curso de
Ciências Agrárias lidera em número de orientações. Devo ressaltar que vamos
precisar das parcerias porque, eventualmente, onde não tiver infraestrutura de
qualidade, nós teremos que buscar.
Blog do DTCS- Como o senhor vê o futuro da graduação
e da pós-graduação no Departamento?
JF – Só
teremos uma graduação forte se a pós-graduação for também forte. Para isso, a graduação
precisa ser de excelência. Hoje as graduações possuem conceito 3, por conta
também do boicote de alunos na última avaliação do Enade. Precisamos evoluir
rapidamente para o conceito 4 ou 5, para que os nossos cursos sejam de
excelência. Assim, a pós-graduação virá naturalmente porque teremos alunos
extremamente habilitados, concorrendo a mestrado e assim teremos o doutorado.
Blog do DTCS- Qual política de gestão de recursos
humanos será implantada que contemplem professores, servidores e prestadores de
serviços?
JF – Estou
muito preocupado com isso. Porque eu considero que a força motriz dentro de uma
universidade são funcionários e professores. Porque os alunos são muito
importantes e são a razão de existir da Universidade, mas são passageiros e os
funcionários e professores, esses ficam para acolher novos alunos. E é preciso
que os servidores estejam muito estimulados e motivados. Estimulo decorre de
inúmeros fatores, entre os quais, ser bem remunerado e isso, infelizmente, não
está no meu nível de resolução. Mas eu posso criar um ambiente com qualidade. Vamos
realizar o primeiro encontro de servidores já em novembro, onde serão discutidos
problemas da categoria. E, a partir daí, produzir um documento que será dirigido
ao governador eleito e ao Reitor da Universidade.
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