quinta-feira, 17 de julho de 2014

Entrevista: Novo diretor do DTCS da Uneb Jairton Fraga

Diretor do DTCS da Uneb, em Juazeiro (BA), fala sobre os novos rumos da Instituição

“Juntos somos mais fortes” foi o slogan da campanha para diretor de departamento do professor Jairton Fraga. Ele promete que as decisões de sua gestão terão a participação dos três segmentos da comunidade acadêmica

Fotos: Sheila Feitosa
Texto: Ianne Lima
Núcleo de Assessoria de Comunicação do DTCS/Uneb


Natural de Conceição do Almeida (BA) e radicado em Juazeiro há quase duas décadas, o professor da Uneb, Jairton Fraga Araújo foi eleito diretor do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da Universidade do Estado da Bahia, em Juazeiro, para cumprir mandato no biênio 2014-2016.
Esse será seu segundo mandato como diretor do DTCS. O primeiro foi pelo período de 2002 a 2004. Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal da Bahia (1982); Mestre em Agronomia pela mesma Universidade (1990) e Doutor em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2007).
Ele é professor titular da Uneb, onde ingressou em 1997. Além da docência, que inclui ensino de graduação e em dois programas de mestrado, é pesquisador da área de Agroecologia e Fitotecnia de cultivos irrigados. Em sua trajetória na Uneb ocupou o cargo de vice-diretor do DTCS em 2001. E em 2011 criou o Centro de Agroecologia, Energias Renováveis e Desenvolvimento Sustentável (Caerdes), do qual é diretor.
Com vasta experiência administrativa dentro e fora da Universidade, o atual diretor do DTCS, professor Jairton Fraga Araújo, fala sobre os rumos de sua nova gestão. 

Blog do DTCS- O Senhor já foi diretor do DTCS pelo período de 2002 a 2004. Com a sua experiência administrativa dentro e fora da Uneb, o quê o senhor pode dizer sobre sua nova gestão que compreende o biênio 2014-2016?
Jairton Fraga - Quero destacar dois aspectos que considero importantes. O primeiro é a consolidação dos cursos, tanto da graduação, e eu estou me referindo a Agronomia, Direito e o mais novo que é o de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia. É preciso consolidá-los e torná-los cursos de graduação de excelência. Um dos desafios que temos, por exemplo, é o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), que precisamos ter bom desempenho lá e nós vamos fazer com que isso aconteça. E isso passa, obviamente, por infraestrutura, qualificação de técnicos e solicitação de concurso público. O segundo é o de ampliar a pós-graduação. Já temos um curso de mestrado e precisamos, rapidamente, evoluir para doutorado. Outro ponto estratégico e que considero importante é a de internacionalizar a instituição, para que o Departamento possa se inserir no cenário internacional da discussão científica e para isso, precisa ter acordos de cooperação. Vamos trabalhar para isso.


Blog do DTCS- Em seu Programa de Trabalho, que teve o slogan: “Juntos somos mais fortes”, prevê ações para todas as áreas do Departamento e que vão contemplar os três segmentos da comunidade acadêmica. Quais as ações que o senhor considera prioritárias?
JF – Uma das primeiras ações será a implantação imediata do Conselho Departamental que vai possibilitar que os três segmentos, funcionários, professores e alunos, participem ativamente da gestão e eu considero isso extremamente relevante. O Conselho Departamental é uma instância deliberativa. Quero também destacar que na gestão de recursos humanos terá a realização dos encontros por categoria para discutirmos os problemas e, a partir daí, programar medidas executivas que tornem, por exemplo, o ambiente de trabalho cada vez melhor, com mais qualidade e com repercussão no que estamos fazendo.

Blog do DTCS- Com o orçamento que as Universidades Estaduais da Bahia dispõem atualmente o Senhor acredita que poderá por em prática as propostas da sua gestão? Ou o senhor pretende atrair outros investimentos para a instituição?
JF – Quero fazer parceria. É evidente que só com os recursos que são transferidos ordinariamente para o Departamento não dá para fazer muita coisa. Mas acredito saber os caminhos para captar os recursos, tanto na esfera político-parlamentar, quanto na esfera da articulação com outras instituições, como as agências de fomento. O foco será nesses três elementos.

Blog do DTCS-Como se dará o apoio a pesquisa e extensão?
JF – A pesquisa para mim é prioritária. O grande divisor de águas do ensino superior é a realização de pesquisa acadêmica, seja ela básica, seja ela aplicada. Ela se dará da seguinte forma: pela iniciação científica, que é um programa institucionalizado em todo o país pelo CNPQ e pela FAPESB, que o nosso curso de Ciências Agrárias lidera em número de orientações. Devo ressaltar que vamos precisar das parcerias porque, eventualmente, onde não tiver infraestrutura de qualidade, nós teremos que buscar.  

Blog do DTCS- Como o senhor vê o futuro da graduação e da pós-graduação no Departamento?
JF – Só teremos uma graduação forte se a pós-graduação for também forte. Para isso, a graduação precisa ser de excelência. Hoje as graduações possuem conceito 3, por conta também do boicote de alunos na última avaliação do Enade. Precisamos evoluir rapidamente para o conceito 4 ou 5, para que os nossos cursos sejam de excelência. Assim, a pós-graduação virá naturalmente porque teremos alunos extremamente habilitados, concorrendo a mestrado e assim teremos o doutorado.

Blog do DTCS- Qual política de gestão de recursos humanos será implantada que contemplem professores, servidores e prestadores de serviços?
JF – Estou muito preocupado com isso. Porque eu considero que a força motriz dentro de uma universidade são funcionários e professores. Porque os alunos são muito importantes e são a razão de existir da Universidade, mas são passageiros e os funcionários e professores, esses ficam para acolher novos alunos. E é preciso que os servidores estejam muito estimulados e motivados. Estimulo decorre de inúmeros fatores, entre os quais, ser bem remunerado e isso, infelizmente, não está no meu nível de resolução. Mas eu posso criar um ambiente com qualidade. Vamos realizar o primeiro encontro de servidores já em novembro, onde serão discutidos problemas da categoria. E, a partir daí, produzir um documento que será dirigido ao governador eleito e ao Reitor da Universidade.     



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